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046 – De quem terei medo?

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“O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei temor? O Senhor é o meu forte refúgio; de quem terei medo?” Sl. 27.1

Uma das marcas na vida de um cristão deveria ser a ousadia diante de uma ameaça perigosa para a vida ou para algum projeto de vida, seja vinda de homens, seja fruto das circunstâncias.

Mas não a insensata ousadia dos conquistadores, daqueles que confiam em si mesmos, daqueles apaixonados por seus projetos pessoais. E sim a coragem do que permanece firme, do que resiste, daquele que se esconde do exército inimigo na presença de Deus: “no seu tabernáculo me esconderá e me porá em segurança sobre um rochedo” (v.5).

Davi não temia seus inimigos. Mas não porque se sentia protegido no templo, e sim porque “no dia da adversidade ele me guardará protegido em sua habitação (v.5)”.

Um cristão deveria temer apenas uma coisa: deveria temer não viver de modo a glorificar a Deus, pois Jesus ensinou: “Não tenham medo dos que matam o corpo e depois nada mais podem fazer. Mas eu mostrarei a quem vocês devem temer: temam àquele que, depois de matar o corpo, tem poder para lançar no inferno” (Lc.12.4-5).

Que os meus bens sejam confiscados! Que os meus sonhos trombem contra o iceberg e afundem! Ainda assim minha alma estará confiante, pois a vontade do Senhor prevaleceu.

Que os amigos me abandonem! Que meu cônjuge e meus filhos sejam afligidos com a tribulação! Que meu corpo queime nas chamas! Nesses momentos, o Senhor me consolará: “Inda que indigno foste escolhido/ jamais vaciles, porque eu te amei/ quem dos meus braços pode arrancar-te?/ Seguro sempre te guardarei” (Novo Cântico, 146).

O Senhor é o seu refúgio? Então, repita à sua alma: “de quem terei medo?” (v.1). E continue: “Espere no Senhor. Seja forte! Coragem! Espere no Senhor” (v.14).

Os irmãos morávios foram cristãos piedosos refugiados da Alemanha que impactaram o mundo com um contundente movimento missionário. Impactaram também a vida de John Wesley, quando viajando com um grupo deles em um navio. Veja o que ele escreveu sobre os morávios em seu diário:

“No meio do salmo com que iniciaram a sua reunião, o mar se ergueu, despedaçou a vela mestra, inundou o navio e as águas vieram jorrando sobre o convés como se um grande abismo estivesse nos engolindo. Irromperam-se terríveis gritos e uivos entre nós. Os morávios, porém continuavam a cantar tranquilamente. Perguntei para um deles depois: ‘Você não estava com medo? Ele respondeu: ‘Graças a Deus, não.’ Perguntei ainda: ‘Mas não estavam amedrontadas as mulheres e crianças?’ Ele respondeu brandamente: ‘Não, nossas mulheres e crianças não têm medo da morte.’”

Que o Senhor não nos capacite com coragem menor.


Dica de livro:

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