56 – Pássaros livres

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“Porei em liberdade o povo que vocês prendem como passarinhos” – Ez.13.20

Sabia que você pode ser um escravo? O capítulo 13 de Ezequiel nos ilustra com pelo menos duas formas de escravidão: a dos falsos mestres e a da cultura do pecado.

Os falsos mestres aprisionam pelo engano, falando em nome de Deus ou da Verdade suas próprias “imaginações” (Ez.13.2): “fazem o meu povo desviar-se dizendo-lhe ‘Paz’ quando não há paz” (13.10). Apresentam a Babilônia como Terra Prometida.

A outra gaiola é a cultura do pecado, que aprisiona pelo desejo: “Ai das mulheres que (…) fazem véus de vários comprimentos para a cabeça a fim de enlaçarem o povo” (v.18). As feiticeiras da Babilônia enlaçam o pescoço do povo exilado. Ensinam-lhes práticas imorais e lhes afrouxa a devoção ao Senhor: “Vocês me profanaram no meio de meu povo em troca de uns punhados de cevada” – v.19.

Pelo engano e pelo desejo, nosso coração, como um passarinho faminto pelo pecado, vai ciscando em direção à armadilha e fica preso nessa matrioska de gaiolas: “vocês não agiram segundo os meus decretos nem obedeceram às minhas leis, mas se conformaram aos padrões das nações ao seu redor” (Ez.11.12). Fugir da lei de Deus pelo engano, conformar-se às nações pelo desejo: escravos!

Mas há uma promessa: “Retirarei deles o coração de pedra e lhes darei um coração de carne. Então agirão segundo os meus decretos” – 11.19-20.

A verdadeira escravidão é a do pecado: “Todo aquele que vive pecando é escravo do pecado” diz Jesus em Jo.8.34. E é o próprio Jesus que resolve o problema: “se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres” (8.36), e Ele envia o Espírito Santo: “quando o Espírito da verdade vier, ele os guiará a toda a verdade” (Jo.16.13). E nos dá uma condição: “Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos. E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará” Jo.8.31-32.

De dentro para fora, Jesus arromba as celas dos nossos desejos, nos dando um coração novo; quebra os cadeados do engano, com sua Palavra e o seu Espírito. Deste modo, Jesus enverga as grades das gaiolas, nos soltando, dia a dia, num voo livre em direção aos céus.

Dica de livro

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