57 – Quando varremos Deus para debaixo do tapete

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“Tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus” – Rm.1.21

A glória dos incas se revela a todos os que se aventuram a visitar Machu Picchu, no vale do rio Urubamba. Apenas um louco passaria por esta cidade perdida e diria que cada objeto cultural preservado é fruto da ação da natureza.

Da mesma maneira, Deus tem revelado a sua glória a todos os homens e em todo o lugar: “Desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus (…) têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas” (v.20). No entanto, diferente dos viajantes no Peru, os homens “suprimem a verdade pela injustiça” (v.18), e “trocaram a glória do Deus imortal por imagens feitas segundo a semelhança do homem mortal” (v.23). Com o coração ofuscado pelo pecado, os homens contemplam a criação de Deus mas não reconhecem Seu Criador.

Hoje, borramos a assinatura de Deus na natureza quando fazemos da ciência nosso ídolo, tributando glória ao nosso domínio sobre as leis da natureza. Com um tapete de asfalto cobrindo a terra, prédios vestindo as árvores e fumaça forrando o céu, velamos o espetáculo da criação natural como a esconder qualquer coisa que nos lembre que não somos deuses.

Finalmente, borramos também a revelação moral de Deus em nosso coração, construindo uma lei adequada aos nossos desejos pecaminosos: “Embora conheçam o justo decreto de Deus, de que as pessoas que praticam tais coisas merecem a morte, não somente continuam a praticá-las, mas também aprovam aquelas que as praticam” (v.31).

Diante da perversão da revelação de Deus na natureza e no coração, a glória de Deus acabou sendo engavetada em nossos templos.

Essa loucura é inconcebível nos domínios de um Deus santo, e por isso, tal como um meteoro descomunal em direção à terra, “a ira de Deus é revelada dos céus” (v.18), pois “tais homens são indesculpáveis” (v.20).

Diante do juízo iminente contra a rebeldia humana coberta de lascívia, loucura e maldade, uma nova e definitiva luz se revela na noite escura do pensamento humano, dada por um Deus que insiste em se comunicar conosco: “Mas agora se manifestou uma justiça que provém de Deus, independente da Lei, da qual testemunham a Lei e os Profetas, justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que crêem” – 3.21.

A fé em Jesus Cristo desembaça nossos olhos e nos revela a Glória de Deus. Em Jesus, glorificamos a Deus pela beleza da sua obra e nos prostramos em sua presença. E aqueles que estiverem de joelhos, ficarão de pé quando o meteoro colidir sobre a terra.

Dica de livro

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