69 – A espera de Simeão

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“Os meus olhos já viram a tua salvação” – Lc.2.29

O pai israelita viu seu pequeno filho abatido. O menino tinha nas mãos a roupa do pai, com o sangue coagulado de seus irmãos, que haviam caído na invasão babilônica. Naquele dia, o Templo foi profanado, e o povo foi levado para o exílio. Então, o pai abraçou o filho e disse:

“Lembre-se da promessa de Deus dada ao profeta Isaías: “Um ramo surgirá do tronco de Jessé, e das suas raízes brotará um renovo. O Espírito do Senhor repousará sobre ele (…) Não julgará pela aparência, nem decidirá com base no que ouviu; mas com retidão julgará os necessitados (…) Ninguém fará nenhum mal, nem destruirá coisa alguma em todo o meu santo monte, pois a terra se encherá do conhecimento do Senhor como as águas cobrem o mar” Is.11.1-9. “Consolem, consolem o meu povo, diz o Deus de vocês. Encorajem a Jerusalém e anunciem que ela já cumpriu o trabalho que lhe foi imposto (…) A glória do Senhor será revelada, e, juntos, todos a verão. Pois é o Senhor quem fala” – Is.40.1-5.

O pai enxugou as lágrimas do filho e pediu que esperasse pelo consolo do Senhor. Aquele menino cresceu e teve filhos, e transmitiu os ensinos de seu pai. E, de geração em geração, um pai enxugava as lágrimas do seu filho com as promessas de Deus.

Retornaram do exílio dominados pelos persas. Viram a opressão dos gregos, depois dos selêucidas, depois dos romanos. Viram a corrupção de Herodes, o legalismo dos fariseus, o mundanismo dos saduceus, e o povo como ovelhas sem pastor. Mesmo assim, aquela família permanecia justa e piedosa, aguardando a consolação de Israel.

O pai de Simeão enxugou as lágrimas de seu filho assim:

“Um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz” – Is.9.6.

E Simeão esperou a consolação de Israel (Lc.2.25).

O Espírito Santo revelou a Simeão que ele veria a promessa sendo cumprida. E ele esperou (Lc.2.26). Certa vez, pensou ter visto uma estrela sobre Belém, mas logo esqueceu o acontecimento. Cerca de quarenta dias depois, o Espírito Santo o levou ao templo (Lc.2.27).

Lá, no Templo de Jerusalém, um pai e uma mãe seguravam um menino. E Simeão sabia quem era aquele menino…

Em prantos, tomou o menino Jesus nos braços e louvou a Deus:

“Ó Soberano, como prometeste, agora podes despedir em paz o teu servo. Pois os meus olhos já viram a tua salvação, que preparaste à vista de todos os povos: luz para revelação aos gentios e para a glória de Israel, teu povo” – Lc.2.29-32.

Valeu a pena esperar no Senhor!

Dica de livro:

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