014 – Corrupção, intrigas e a esperança diante da mais alta crise nacional

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“Os oficiais de Amom conspiraram contra ele e o assassinaram em seu palácio. Mas o povo matou todos os que haviam conspirado contra o rei Amom, e a seu filho Josias proclamou rei em seu lugar” (2Rs 21.23-24).

Crises nacionais severas podem se tornar ambiente para uma profunda restauração vinda do Senhor. Assim nos ensina a história da instituição do reinado de Josias.


Em Judá, por volta do século 6 a.C, o rei Amon “abandonou o Senhor, o Deus dos seus antepassados” (2Rs 21.22). Por isso, permitiu que oficiais ainda mais perversos que ele se alojassem no reino. Esses oficiais, por sua vez, “conspiraram contra ele e o assassinaram em seu palácio” (v.23).

Mas a crise não parou aí. Os israelitas de Judá, para impedir o domínio de outra linhagem real, lançaram-se contra os revolucionários conspiradores, e de baixo de muita violência, frustraram seus planos: “Mas o povo matou todos os que haviam conspirado contra o rei Amom” (v.24).

O livro de Reis registra tudo isso em apenas 2 versículos. Suficientes, no entanto, para nos fazer ouvir as intrigas palacianas, os cochichos às sombras, o clima de motim, o medo dos soberanos, a desconfiança dos sacerdotes, até culminar no assassinato covarde do rei, quem sabe se na fragilidade de um banho.

Então, a turba começa a manifestar-se, confusamente, talvez inspirada pelos sacerdotes, que dependiam da linhagem judaica para se manter. O povo invade o palácio armado de enxadas e fundas, cravando estacas nos conspiradores e depondo seus corpos para fora do palácio.

Intrigas. Mentiras. Corrupção. Assassinato. Violência popular. São as marcas de uma nação afundada na mais alta impiedade. Mesmo um governo legítimo, da linhagem santa de Judá, mas que se desviou do caminho do Senhor, levou a nação ao caos.

Há anos, Judá estava acumulando sobre si a ira de Deus. Foi o que percebeu Josias, muitos anos depois: “A ira do Senhor contra nós deve ser grande, pois os nossos antepassados não obedeceram às palavras deste livro nem agiram de acordo com tudo o que nele está escrito a nosso respeito” (2Rs 22.13). No entanto, em sua misericórdia, o Senhor fez surgir desse caos um tempo de avivamento para Judá. Deus levantou um rei justo sobre a nação, Josias: “Ele fez o que o Senhor aprova” (2Rs 22.2), e por causa dele, aquela geração foi salva da ira de Deus: “Já que o seu coração se abriu e você se humilhou diante do Senhor (…) eu o ouvi’, declara o Senhor” (v.19).

Não sabemos se, naquele caos, os fiéis de Judá clamaram ao Senhor por misericórdia. O que sabemos é que, após esse caos, a Palavra de Deus foi encontrada entre os escombros de uma cidade em pecado, e o povo voltou-se quebrantado ao Senhor, e o avivamento alcançou aquela geração.

Clamemos, pois, ao Senhor. Quem sabe se, do meio do caos nacional, o Senhor não traz a Palavra de Deus novamente para o centro da nação, retirada dos escombros onde foi esquecida, e volte a orientar os nossos caminhos. E não deve haver nada mais desejável!

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