80 – A família bem-aventurada

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“Minha alma engrandece ao Senhor (…) pois atentou para a humildade da sua serva. De agora em diante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada” (Lc.1.46;48).

Leia Lucas 1.39-79.

Quando Jesus entra na família, Ele transforma as lágrimas em alegria e cântico. A família que Deus escolheu para receber seu Filho passou por grande tristeza e apreensão, que se transformaram em duas lindas canções. Duas foram as famílias benditas que O receberam: a família de José e de Maria, da linhagem real de Davi, para cumprir a promessa; e a família de Isabel, da linhagem sumo-sacerdotal de Levi e de Arão.

Isabel era estéril e já tinha perdido a esperança de ter filhos, pois ela e Zacarias, seu marido, eram “de idade avançada” (Lc.1.7). Mas Zacarias continuou a orar a Deus, e Deus escutou suas orações. Um anjo visitou o marido e disse: “Não tenha medo, Zacarias; sua oração foi ouvida. Isabel, sua mulher, lhe dará um filho, e você lhe dará o nome de João. Ele será motivo de prazer e de alegria para você, e muitos se alegrarão por causa do nascimento dele” (Lc.1.13-14). Isabel e Zacarias eram bem-aventurados do Senhor: João Batista foi o primo de Jesus e o legítimo sacerdote que o antecedeu e o batizou.

Sobre isso, Isabel falou: “Isto é obra do Senhor! Agora ele olhou para mim com favor, para desfazer a minha humilhação perante o povo” (Lc.1.25), e Zacarias compôs uma canção, que ficou conhecida como Benedictus: “Louvado seja o Senhor, o Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo” (Lc.1.68). Jesus transformou a tristeza em uma canção de alegria naquela família.

Já Maria, ela foi muito agraciada, bendita entre as mulheres. Ela concebeu do Messias Prometido, o Filho de Deus. No entanto, o presente de Deus trouxe uma grande aflição. Ela ficou grávida antes de seu casamento, e seu noivo José, “um homem justo, e não querendo expô-la à desonra pública, pretendia anular o casamento secretamente” (Mt.1.19). Mas Deus veio em favor desse casamento. Então, “depois de ter pensado nisso, apareceu-lhe um anjo do Senhor em sonho e disse: ‘José, filho de Davi, não tema receber Maria como sua esposa, pois o que nela foi gerado procede do Espírito Santo’” (Mt.1.20).

Aquela leve e momentânea aflição na família foi transformada por Deus em grande alegria. Por isso, Maria também escreveu uma canção, que ficou conhecida como Magnificat: “Minha alma engrandece ao Senhor” (Lc.1.46). O choro e a aflição foram transformadas nos mais belos cânticos do cristianismo.

Quando Maria foi se encontrar com a parente Isabel, “o bebê agitou-se em seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Em alta voz exclamou: ‘Bendita é você entre as mulheres, e bendito é o filho que você dará à luz!’” (Lc.1.41-42).
Você consegue imaginar Isabel, uma senhora de idade, radiante de alegria, tirando a jovem Maria para dançar, ambas alegres e felizes, adorando ao Senhor? E José e Zacarias, perto delas, rindo com graça? Os dois primos, já desde o ventre materno, eram amigos e irmãos.

Duas famílias piedosas, servas e humildes na presença de Deus, que passaram por severa provação. Tal aflição poderia destruir muitas famílias, mas essas foram fortalecidas por Deus. E depois dos choros de lamento, o que os vizinhos ouviam das casas de Maria e Isabel eram os cânticos de felicidade.

Bendita é a família que recebe Jesus em sua casa. Bem-aventurada a casa que é humilde na presença de Deus. Os lamentos vão se transformar em lindas canções.

Ore a Deus

– Peça a Deus para que ele derrame a graça dele na sua família. Graça para os seus pais, para seu cônjuge, graça para o seu filho. Que sua casa seja cheia da graça de Deus;

– Peça a Deus para que ele transforme o triste lamento do presente em uma linda canção.

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