“Assim, na sua morte, Sansão matou mais homens do que em toda a sua vida” – Jz.16-30
Sansão não deve nada ao incrível Hulk. O homem era tão forte que a Bíblia diz que ele rasgou um leão vivo (14.6); matou 30 filisteus em sua festa de noivado; capturou 300 raposas e destruiu a safra de trigo dos inimigos (15.3-5); causou uma matança dos assassinos de seu sogro e esposa (15.7-8); com a carcaça de um jumento matou mil homens (15.15); e, fugindo na madrugada, arrancou os portais de uma cidade (16.5).
Apesar disso, Sansão foi um homem que não soube lidar com suas fraquezas: era tão orgulhoso que não ouviu seus pais a respeito de seu casamento com uma estrangeira (14.3); aproximou-se do leão morto, quebrando seu voto de nazireu (14.8); foi injusto e violento quando perdeu seu jogo de adivinha (14.18); e com seu sogro e vizinhos quando contrariado (15.1-8). Outra fraqueza eram as mulheres: sua primeira esposa arrancou-lhe o segredo da adivinhação (14.15-17); Em Gaza, envolveu-se com uma prostituta e quase caiu em uma cilada (16.1-3); com Dalila, finalmente, entregou o principal segredo de sua força, e isto foi a sua ruína.
A força de Sansão vinha do Senhor, já a fraqueza vinha dele mesmo, de seu orgulho, violência e imoralidade. A força do Senhor libertou Israel das mãos dos filisteus; a fraqueza o levou à prisão, à cegueira e à morte. Sansão confiou na sua força e não cuidou de sua fraqueza. Ele tinha fé em Deus, mas não tinha o temor do Senhor. Ele acreditava que Deus o serviria indefinidamente e estaria cego quanto aos seus pecados. Cego estava Sansão.
Humilhado, Sansão recebeu uma última chance de restaurar o seu serviço ao Senhor e garantir sua entrada na galeria dos heróis da fé. À custa de sua vida, abalou as estruturas do templo de Dagom, trazendo abaixo o templo e milhares de idólatras. Sansão foi cego à sua morte. Jesus Cristo, por sua vez, caminhou de olhos abertos até a cruz, entregando-se voluntariamente e, em sua morte, trouxe abaixo os templos dos deuses que cegavam homens como Sansão, eu e você. Por isso, hoje, Jesus Cristo é a nossa força, que nos capacita para vencer nosso orgulho, imoralidade e violência; e muda nossa história, que não precisa mais ser trágica como a de Sansão, mas vitoriosa e consagrada a Deus.