“Tenham o cuidado de não praticar suas ‘obras de justiça’ diante dos outros para serem vistos por eles. Se fizerem isso, vocês não terão nenhuma recompensa do Pai celestial” (Mt 6.1)
A pior recompensa pelas boas obras é ser honrado pelos homens. O reconhecimento humano é a medalha de bronze numa competição com três jogadores. Você se orgulharia dela?
Em Mateus 6, Jesus fala sobre obras de justiça como a caridade, a oração e o jejum. Ele as reconhece como práticas legítimas da vida cristã. No entanto, uma advertência é redundante em todas elas, a de praticá-las na intenção de alcançar o favor dos homens:
“Portanto, quando você der esmola, não anuncie isso com trombetas, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, a fim de serem honrados pelos outros” (Mt 6.2).
Não é errado ser reconhecido por uma vida piedosa. Uma ovelha não precisa se vestir de lobo com medo de parecer lobo em pele de ovelha. Pelo contrário, Jesus diz: “Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus” (Mt 5.16).
O problema é quando a nossa comida espiritual é o louvor alheio. Quando nossa imaginação nos homenageia com aplausos. Quando ficamos na expectativa dos elogios. E quando adoecemos pela ausência deles.
Essa talvez seja uma das mais astutas estratégias de Satanás: ele inverte os pólos afetivos do coração, de Deus para os homens e assim o alquimista diabólico transforma santidade em hipocrisia.
E então acontece o pior, a gente recebe o que busca. E só. Eis a medalha de bronze: “Eu digo verdadeiramente que eles já receberam sua plena recompensa” (Mt 6.16).
Mas Jesus nos chama à discrição, porque é lá, em seu quarto, que Ele o espera. Deus só assiste a peças em que Ele seja o único espectador.
A vida piedosa pode causar tanto boas impressões quanto a perseguição. Paulo foi chamado de herege e de um deus pelas mesmas pessoas. No entanto, esses resultados passam batido pelo discípulo de Jesus. O anseio sincero do seu coração é receber uma única honra na vida: “Servo bom e fiel”. E receber ansiosamente a inestimável promessa: “E seu Pai, que vê em secreto, o recompensará” (Mt 6.18).
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