“Você tem perseverado e suportado sofrimentos por causa do meu nome, e não tem desfalecido. Contra você, porém, tenho isto: você abandonou o seu primeiro amor” (Ap 2.3-4).
Leia Apocalipse 2.1-7
“O primeiro amor a gente nunca esquece”, dizia o ditado. Esquece sim. A igreja de Éfeso esqueceu: “você abandonou o seu primeiro amor”, disse Jesus.
Mesmo assim, Jesus elogia a luta da igreja em favor da verdade: “Conheço as suas obras, o seu trabalho árduo e a sua perseverança. Sei que você não pode tolerar homens maus, que pôs à prova os que dizem ser apóstolos mas não são, e descobriu que eles eram impostores” (Ap 2.2).
Jesus estava tratando as feridas daqueles que sangraram na luta contra a Besta da terra – os falsos mestres: “Você tem perseverado e suportado sofrimentos por causa do meu nome, e não tem desfalecido” (Ap 2.3).
A igreja foi honrada por compartilhar com Cristo dos mesmos sentimentos de ódio contra o falso ensino: “você odeia as práticas dos nicolaítas, como eu também as odeio” (Ap 2.6).
Em seguida, no entanto, Jesus apresenta sua queixa: “Contra você, porém, tenho isto: você abandonou o seu primeiro amor” (Ap 2.4).
Na carta de Paulo aos Efésios, o apóstolo fala de uma igreja conhecida pelo amor que tinham uns pelos outros (Ef 1.15). Aliás, nessa mesma carta, o apóstolo pede para que eles permaneçam crescendo nisso: “Seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” (Ef 4.15).
Agora, porém, Jesus se queixa, pois a igreja havia se esquecido desse primeiro amor. A igreja de Éfeso pontuou no ódio, mas reprovou no amor; venceu em seguir a verdade, perdeu em não segui-la em amor. Os anos de cólera encobriram o amor da mocidade.
Por isso, Jesus chama a igreja ao arrependimento, se não, as consequências seriam graves: “Se não se arrepender, virei a você e tirarei o seu candelabro do seu lugar” (Ap 2.5).
O zelo que Éfeso tinha pela verdade ainda trazia luz ao mundo; mas Éfeso estava prestes a ver sua chama apagada pela brisa gelada que saía de seu coração, e seu ensino estava prestes a perder o poder, a ser apenas fogo fátuo de um cadáver.
O noivo está chamando sua noiva para a dança, para a alegria do amor da mocidade, do calor que uma igreja emite ainda encantada pela graça de Deus. O noivo está buscando reacender a paixão desse relacionamento, que foi abalado pela frieza dos anos de luta.
A noiva, por sua vez, deve estender os braços, se render e se deixar levar pelo amante, novamente. Por isso, querida igreja, cheios da verdade em amor, “cresçamos em tudo naquele que é a cabeça Cristo” (Ef 4.15).
Ore a Deus
- Pelo pelos que lutam pela verdade em sua igreja, pelos que ensinam, pelos que lideram, para que Cristo os fortaleça a cada dia;
- Para que a igreja cresça em amor, que irradie o amor de Cristo, sendo percebido pelos membros e também pelos que a visitam.