023 – Reconquistando a alegria após o pecado

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“Como é feliz aquele que tem suas transgressões perdoadas e seus pecados apagados!” (Sl 32.1)


O salmo primeiro fala de uma felicidade para aqueles que seguem a lei do Senhor. Lá ele compara a vida desses felizardos como uma árvore frondosa, saudável, plantada próxima a rios. É uma árvore que “dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham”. Essa é a felicidade daqueles que caminham direito, foram educados na fé, aprenderam das Escrituras e não se desviaram dela. A Palavra de Deus, para estes que experimentam essa felicidade, é como um rio alimentando suas vidas. Eles, por isso, “não imitam a conduta dos pecadores”. Ah, “como é feliz aquele que não anda no conselho dos ímpios!” Essa felicidade está disponível a todo aquele que “se satisfaz na lei do Senhor”.

Por outro lado, na mesma Bíblia, aprendemos que o pecado é uma realidade, mesmo na vida daqueles que buscam viver uma vida agradável a Deus. O pecado está lá, conduzindo a vida dos pecadores para a rota do desvio, fazendo-nos encontrar satisfação no esgoto, cujas águas não provêm do Senhor. Somos entretidos na “roda dos escarnecedores”. Então, envergonhados pelo pecado, procuramos escondê-lo. Mas aí, como diz o poeta do salmo 32, o nosso corpo vai definhando de tanto gemer, pois a mão do Senhor pesa sobre nós. Essa imagem está longe da imagem da árvore verdejante do salmo primeiro, mas é uma vida seca como “palha que o vento leva!”

Então é aí que o salmo 32 nos fala da disponibilidade de outra felicidade: “Como é feliz aquele que tem suas transgressões perdoadas e seus pecados apagados”. No salmo primeiro, a Bíblia fala da felicidade de quem anda direito, e o salmo 32 fala da felicidade daquele que recebe a notícia de retornar ao caminho direito. No meio dessas duas situações está o pecado, que esburaca nossa estrada da felicidade junto de Deus, e nos suja de poça enlameada.

Aquela felicidade pode ter ficado para trás em sua vida e o engano do pecado pode ter feito você pensar que ela não retornaria. É aí que entra o salmo 32, com o milagre da renovação, com a folha seca retornando ao solo e renascendo: “Confessarei as minhas transgressões ao Senhor” diz o salmista, “e tu perdoarás a culpa do meu pecado”, completa.

Então, ele aconselha a todos nós: “que todos os que são fiéis orem a ti enquanto podes ser encontrado”.

Não deixe o pecado ser este verme parasita que mata suas folhas, mas confesse-os ao Senhor, e o sangue de Cristo, que nos purifica de todo pecado, fará renascer a felicidade própria dos filhos de Deus.


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