84 – Duas características para um ministério cristão saudável

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“A Macedônia e a Acaia tiveram a alegria de contribuir para os pobres dentre os santos de Jerusalém. Eles tiveram prazer nisso, e de fato são devedores a eles.” Rm 15.26-28



Quando um cristão serve por algum tempo em sua igreja local, se ele não arejar o coração devocionalmente com a Palavra de Deus, vai acabar deixando nascer nesse mesmo coração aquele bolor malcheiroso chamado justiça própria, que é o sentimento mesquinho de que as pessoas devem algo a você. De algum modo, o pastor, a liderança, Deus especialmente – todos lhe devem algo. Nem que seja pelo menos o reconhecimento! E é esse sentimento de dívida não paga o habitat natural da amargura.

Acontece que Paulo encara o serviço cristão de modo bem diferente. O endividado é ele: “Sou devedor tanto a gregos como a bárbaros” (Rm 1.14). Repare que não é qualquer um dizendo isso. É aquele com mais de 20 anos de trabalho intensivo, com açoites, prisões e pedradas na conta. O mesmo que disse: “desde Jerusalém e arredores, até o Ilírico, proclamei plenamente o evangelho de Cristo” (Rm 15.19). Esse apóstolo achava-se endividado em seu ministério! Esse sentimento de dívida é o próprio amor: “Não devam nada a ninguém, a não ser o amor de uns pelos outros” (Rm 13.8). As igrejas plantadas pelo apóstolo, por sua vez, replicavam o sentimento para com a igreja de Jerusalém: “de fato são devedores a eles.” (Rm 15.27). No fim, Paulo estava ensinando a igreja a servir como bem ensinou o Senhor Jesus: “Quando tiverem feito tudo o que lhes for ordenado, devem dizer: ‘Somos servos inúteis; apenas cumprimos o nosso dever’” (Lc 17.10).

Esse sentimento de dívida para com o próximo é uma pura manifestação do amor cristão e essa é a primeira característica para um ministério cristão saudável. A segunda é a alegria. Veja o que Paulo fala sobre o serviço da igreja dos gentios: “A Macedônia e a Acaia tiveram a alegria de contribuir para os pobres dentre os santos de Jerusalém. Eles tiveram prazer nisso” (Rm 15.26-27). Veja que a igreja tinha alegria e prazer em servir. Eles devem ter aprendido com o apóstolo. Olha o que ele disse enquanto servia a Deus de uma prisão: “Alegrai-vos sempre no Senhor” (Fp 3.4), e o que disse sentir pela igreja: “Meus irmãos, amados e mui saudosos, minha alegria e coroa” (Fp 4.1).

Querido irmão, se a justiça própria estiver sufocando você, sufoque-a mais forte com o braço de Deus. Mate-a violentamente com o seu terrível coração grato e contente. Quando você tiver concluído a sua obra, polida com amor e alegria, espere-O então chamar o seu nome, e dizer na sequência: “Venha e participe da alegria do seu Senhor!” (Mt 25.21).

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