099 – Ir às missões

“A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos” (Mt 9.37).

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Há alguns anos, o jovem Simonton foi tomado por tal consciência de chamado que escreveu em seu diário: “Se o campo é o mundo, então todas as esferas precisam ser ocupadas, e a recusa de alguns em ir aos lugares menos promissores somente torna este dever mais imperativo para outros”. Um pouco mais recente, uma missionária respondia a uma jornalista sobre seu chamado: “Eu não tive um chamado. Li uma ordem e a obedeci”. Porém, essa mesma missionária, escreveu um pouco antes: “Toda ambição de ser uma artista famosa ficou de lado. Perguntei a Deus, em oração, o que ele queria que eu fizesse da minha vida. Deus respondeu claramente fazendo-me sentir responsável para ir a uma tribo que nunca ouvira o evangelho. Não havia como fugir”. O resultado dessas vocações foram vidas resgatadas para o Senhor Jesus no Brasil e na Amazônia.

O chamado para o trabalho missionário não é extraordinário, pois já está na Palavra de Deus. Porém, o chamado específico de ser enviado pela igreja é individual, e vem pela convicção do Espírito Santo. Em Rm 15, Paulo apresenta seu chamado à igreja de Roma como uma “graça” que Deus lhe deu (v. 15). Essa graça era ser “ministro de Cristo aos gentios” com o “dever sacerdotal da proclamação do evangelho” (v. 16), “onde Cristo não foi anunciado” (v. 20). Toda a igreja é chamada para missões, mas o chamado de ser enviado pela igreja é uma honra inestimável que Deus dá a alguns.

Em Efésios 3, Paulo mostra o valor incalculável de estar entre estes designados para viver da pregação do evangelho entre aqueles que a igreja local não alcança, para cruzar fronteiras geográficas, culturais e espirituais, para dever amor a desconhecidos e incrédulos, para participar dos sofrimentos de Cristo. Entusiasmado, ele fala sobre seu ministério de tornar os gentios co-herdeiros de todas as promessas de Cristo (v. 6). Diz ainda que este dom foi dado pelo poder de Deus (v. 7), para se tornar administrador das “insondáveis riquezas de Cristo” (v. 8), para tornar conhecida a “multiforme sabedoria de Deus” até mesmo aos demônios (v. 10), para ver a terra se encher do conhecimento de Deus como as águas enchem o mar (Hc 2.14).

Quando Davi teve sede das águas da cisterna da porta de Belém, nem todos os seus soldados tiveram tal amor ao seu mestre como tiveram três deles: Jabesão, Eleazar e Samá (2Sm 23.8-17), que arriscaram o pescoço para saciar a sede do rei. Não é Jesus maior que Davi? Certa vez, Jesus olhou para os campos missionários e foi tomado de compaixão: “A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos” (Mt 9.37).

Certo pastor presbiteriano, John Paton, foi chamado a pregar entre os canibais de Vanuatu. Ao ser questionado, respondeu como Samá, Jabesão e Eleazar: “Logo serei colocado em uma sepultura para ser comido pelos vermes; se eu puder morrer servindo o Senhor Jesus não fará para mim diferença se vou ser comido por canibais ou por vermes; e no Grande Dia, meu corpo ressurreto se levantará sadio, à semelhança do nosso Redentor, que ressuscitou”. E o Senhor Jesus recebeu a recompensa pelo seu sacrifício através da vida de Paton.

Será que você não está nesta honrada linhagem de valentes do Senhor que foram chamados para ir?

• Ore com a compaixão de Cristo e com verdadeira disposição: “Eis-me aqui. Envia-me”;
• Se você sentiu no coração o Senhor chamar-lo ao campo missionário, fale com seus familiares próximos e com os líderes de sua igreja para que eles confirmem;
• Sirva na sua igreja local antes de ser enviado;
• Envolva-se com a vida de missionários e ore por direção;
• Prepare-se com os cursos que sua igreja local o indicar;
• Saiba esperar no Senhor com paciência;

Seja enviado por sua igreja local. Nunca vá sozinho.