As palavras “camarada” e “companheiro”, respectivamente, significam “aquele com quem se divide a câmara (ou o quarto)”, e “aquele com quem se divide o pão”. Refere-se, assim, àquelas pessoas de confiança com quem se mora, mas que não fazem parte da família.
Quando um estudante cristão passa em uma Universidade em uma cidade longe de seus pais, ele logo precisa encontrar o seu grupo de camaradas e companheiros com quem vai dividir sua “república de estudantes”.
Este grupo pode ser formado por velhos amigos, ou por contatos conhecidos na ocasião. Pode ser de outros cristãos ou não. De todo modo, seu novo modo de vida, independente de com quem irá morar, passará por grande transformação. Ele não morará mais com seus pais, mas também ainda não morará com sua esposa ou marido, com quem terá um pacto de amor. Por isso, é preciso lembrar-se de uma regra simples da boa vizinhança: ninguém merece o seu mau humor!
No livro de Provérbios, somos lembrados de algumas lições de boa camaradagem. Em 21.9, a Palavra diz: “Melhor é viver num canto sob o telhado do que repartir a casa com uma mulher briguenta”. O autor acha tão importante isso, que repete em 25.24; Em 21.19, continua: “Melhor é viver no deserto do que com uma mulher briguenta e amargurada”, e em 27.15, diz “a esposa briguenta é como o gotejar constante num dia chuvoso”.
O livro nos ensina que é melhor morar no telhado, no deserto e numa cela de tortura em que há um gotejar constante, que com o rabugento!
O contexto é de marido e mulher: ninguém merece o mau humor!
Mas, se no contexto de marido e mulher já é difícil, quanto mais num ambiente de república, em que não há um laço tão fonte quanto o do casamento!
Se você mora em uma república, cuidado como tem tratado seus companheiros e camaradas. Eles não são seus pais. Aliás, nem eles merecem alguém que vive brigando.
O livro dos Provérbios continua ensinando: “Não se associe com quem vive de mau humor, nem ande em companhia de quem facilmente se ira” (Pv.22.24).
Decore: o mau vizinho ficará sozinho. O mau companheiro morrerá solteiro.
Quando o apóstolo Paulo teve que lidar com pessoas rabugentas, ele advertiu: “Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros. Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus” (Fp.2.3-5), e continuou: “Façam tudo sem queixas nem discussões, para que venham a tornar-se puros e irrepreensíveis” (Fp.2.14-15).
Jesus Cristo seria um excelente companheiro de república. Seja também um Cristo para o seu camarada!