5 achados da arqueologia bíblica que confirmam o Antigo Testamento

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Confira nossa lista com 5 curiosos achados da arqueologia bíblica que apontam para a veracidade das histórias da Bíblia

Fizemos para você uma lista muito legal com 5 achados da arqueologia bíblica que confirmam as histórias do Antigo Testamento!

Nesta lista, procuramos colocar achados que se refiram à história bíblica, e não a manuscritos da Bíblia. Também, para esta primeira lista, ficamos só com achados referentes ao Antigo Testamento. A lista é aleatória, e não são, necessariamente, as principais descobertas. Se vocês gostarem desta, mais pra frente vamos apresentar inúmeras outras. Agora é só para dar um gostinho!

Confira agora as histórias da Bíblia por um outro olhar, pelo olhar da arqueologia bíblica!

1) Estela de Merneptá

Estela de Mernepta, atualmente no museu do Cairo.

Uma estela é uma pedra esculpida com figuras em relevo que retratam algum fato importante, como a morte de alguém importante ou uma guerra específica. Esses objetos são feitos até os dias de hoje, mas também são abundantes em muitas culturas em toda a história humana, revelando para nós muito sobre o mundo antigo. São, por isso, um objeto precioso de estudo para os arqueólogos.

A  Estela de Merneptá foi encontrada em 1896, em Tebas, no Egito. Ela foi encontrada nas ruínas do templo funerário do faraó Merneptá, filho de Ramsés II, que viveu entre 1236-1226 a.C.

Merneptá mandou grafar na estela, feita de granito, sua imagem junto do deus egípcio Amon-Rá, e inscrições em hieroglifo com suas vitórias militares.

Esse achado é importantíssimo para a arqueologia bíblica pois é a mais antiga evidência da existência de Israel que temos notícia até agora. No texto das conquistas de Merneptá, encontra-se:

“Os chefes inimigos prostram-se dizendo: ‘Shalom!’ Nenhum levanta a cabeça entre os Nove Arcos: os líbios estão derrotados, os hititas estão em paz, Canaã está despojada de toda a maldade, Ascalão foi conquistada, Gezer foi tomada, Yenoam ficou como não tivesse existido, Israel está destruído, a sua semente não existe mais(…)”

Atualmente, este achado arqueológico está exposto no Museu do Cairo.

O nome de Israel, em hieroglifo, como se encontra na Estela de Merneptá

2) Estela de Tel Dan

Fragmentos da Estela de Tel Dan, atualmente no Museu de Israel, em Jerusalém

Um tel, ou tell, é um sítio arqueológico na forma de colina de terra, que se formou pelo acúmulo de materiais da ocupação do homem de várias gerações sobre ela.

No Tel Dan, um sítio arqueológico no norte de Israel, o arqueólogo Israelense Avraham Biren, do Hebrew Union College, encontrou, em 1993, uma peça de basalto de uma estela com uma inscrição muito importante para a arqueologia da Bíblia. Em 1994 encontrou mais dois fragmentos da pedra.

A estela de Tel Dan possui uma inscrição em aramaico e é datada entre os séculos IX e VII a.C, e provavelmente foi esculpida por ordens do rei de Damasco Hazael, ou por um de seus filhos.

Embora a inscrição esteja muito comprometida, por ainda faltar muitas partes da peça, ela é importante por citar, pela primeira vez até a data em que foi descoberta, algum nome de um rei de Israel. Além do mais, é também a mais antiga peça encontrada citando o rei Davi, comprovando sua existência.

A inscrição possui 13 linhas fragmentadas, sendo que nas linhas 7-8 encontram-se as citações “Jeorão, rei de Israel” e “Asa, rei de Judá”, da “Casa de Davi”.

A pedra enterraria a teoria de que Davi fosse um personagem fictício, criado pelos autores bíblicos.

3) O Túnel de Ezequias e a Inscrição de Siloé

Em 2Rs.20.20 e em 2Cr.32.30, lê-se a descrição dos feitos do bom rei Ezequias, de Judá, que vivem reinou entre 716-687 a.C:

“Foi Ezequias que bloqueou o manancial superior da fonte de Giom e, canalizou a água para a parte oeste da cidade de Davi” – 2Cr.32.30

Fonte de Siloé, que recebia a água do Túnel de Ezequias

A canalização da água para o oeste foi uma das maiores obras de engenharia do tempo de Ezequias. Essa obra foi chamada de Túnel de Ezequias, que até hoje leva a água da Fonte de Gion até a piscina de Siloé, abastacendo Jerusalém de aǵua em épocas de cerco.

Este aqueduto de Ezequias foi a escavação de mais de 550 metros na rocha dura abaixo da cidade de Ofhel.

Em 1838, o arqueólogo americano Edward Robinson encontrou o túnel, que está acessível até os dias de hoje.

Em 1880, alguns jovens que caminhavam pelo túnel, encontraram uma inscrição em hebraico, chamada de Inscrição de Siloé, que é, até hoje, o mais antigo registro em hebraico.

A inscrição registra como o túnel foi construído, com duas equipes escavando dos dois lados, até se encontrarem. Mas, o mais importante para a arqueologia bíblica é que a datação da inscrição remonta ao período de Ezequiel, confirmando o que foi registrado na Bíblia.

A Inscrição de Siloé foi tirada do Túnel e hoje está Museu do Antigo Oriente, em Istambul.

inscrição de Siloé, atualmente no Museu do Antigo Oriente, em Istambul

4) O Obelisco Negro de Salmaneser

Obelisco Negro, de Salmaneser III, no Museu Britânco, em Londres

Em 1846, no sítio arqueológico Kalhu, antiga capital da Assíria, o arqueólogo britânico Henry Layard e sua equipe descobriram uma das mais antigas referências a um personagem da Bíblia.

O Obelisco Negro, de 1,98 metro de altura, foi erguido em 825 a.C para propagandear as conquistas militares do rei assírio Salmaneser III, que reinou entre 859-824 a.C. Nele há 5 cenas, em 4 painéis com uma linha descrevendo a cena em escrita cuneiforme. As cenas retratam reis de várias nações trazendo tributo ao rei.

Ao todo, há mais de 200 linhas da escrita. Após as traduções, descobriu-se que, na segunda linha de cima abaixo, o painel refere-se ao rei Jeú de Israel. A tradução é essa:

“O tributo de Jeú, filho de Omri: eu recebi dele prata, ouro, uma tigela de ouro, um vaso de ouro com fundo aguçado, copos de ouro, baldes de ouro, estanho, um pessoal de um rei [e] lanças”

Atualmente, o Obelisco Negro está exibido no Museu Britânico, em Londres.

registro humilhante de Jeú se prostrando ao rei Salmaneser, no Obelisco Negro

5) Cartas de Amarna

Uma das tabuinhas de argila, entre as Cartas de Amarna

As cartas de Amarna são uma série de 379 tabuinhas de argila, com inscrições em escrita cuneiforme, na língua acadiana, encontradas em Amarna, local de uma das capitais do Antigo Egito.

As tabuinhas começaram a ser encontradas por acaso, em 1891, e continuaram a ser encontradas na escavação do palácio real de Amarna, iniciada em 1891, por William Mathew Flinders Petrie, e concluídas somente em 1937.

As tabuinhas registram correspondências de reis vassalos cananeus e sírios aos faraós Amenófis III e Akhenaton.

Essas tabuinhas são importantes para a arqueologia bíblica porque, em umas dessas tabuinhas há uma inscrição que, possivelmente, refere-se o ação dos hebreus na palestina.

Um rei Abud Heba, de Jerusalém, teria se queixado ao faraó:

“Os apiru saqueiam os territórios do rei. Se houver arqueiros este ano, todos os territórios do rei permanecerão; mas se não houver arqueiros, os territórios do rei, meu Senhor, estarão perdidos!”

Muitos estudiosos creem que esses “apiru” eram os “hebreus”, o povo saído do Egito que estaria conquistando a região. Se assim for, teríamos o registro da presença dos israelitas em Canaã no século XIV a.C.

Atualmente, as tabuinhas estão espalhadas entre os Museus de Londres, Berlim, Oxford, entre outros.

E aí, achou curiosas as descobertas? Não é interessante ver as histórias da Bíblia sendo confirmadas pela arqueologia?

Então comente com a gente o que achou e compartilhe com seus amigos! Em breve faremos outras listas!

Consulta

Manual Bíblico Unger, por Merril Unger
E a Bíblia tinha razão, por Werner Keller
Arqueologia das Terras da Bíblia II, por José Kaefer

2 comments

  1. Muito bom. Já havia lido sobre alguns desses verdadeiros achados arqueológicos, ao contrário das inúmeras especulações e mentiras que enchem a internet confundindo as pessoas. Parabéns.

  2. Bom trabalho, mas precisa corrigir uma figura. A foto que está no lugar da inscrição de Siloé é do túmulo de Sebna. Mude a figura, o texto está certo. Abraços! Alvaro C. Pestana

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